segunda-feira, 22 de outubro de 2012

text #6

Chamada de Atenção

Este texto fez parte de um recente trabalho meu para a disciplina de Psicologia B. No entanto, como achei o resultado final interessante, achei por bem publicá-lo no blog.

O ser humano é um ser biologicamente social

A partir do momento em que um novo ser humano nasce que se estabelecem, instantaneamente, os primeiros laços sociais. Pais, irmãos, avós e outros familiares e amigos próximos são o primeiro contato que a criança estabelece com o seu meio envolvente.
Este fenómeno, designado por socialização primária, será o responsável pelo ensino das primeiras normas de vivência em comum entre membros dum determinado grupo social e terá um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo da criança. Durante o período de crescimento e desenvolvimento, a criança aprenderá as regras básicas de relacionamento com as pessoas, os hábitos alimentares e de higiene, as regras de linguagem, bem como aprenderá a reconhecer quais os comportamentos adequados a ter em cada contexto, de acordo com as normas da sociedade onde se encontra inserida. 
No fundo, a criança irá ter como guia de desenvolvimento, os padrões culturais vigentes na sua comunidade. Isto é, os comportamentos, práticas, crenças e valores comuns entre os membros da sua cultura.
É o processo de socialização que permite a integração de cada pessoa no contexto social onde se insere, através da assimilação dos padrões culturais pelos quais a sua comunidade se rege. 
Mas o processo de socialização vai além dos primeiros contatos estabelecidos entre a criança e o meio.
Ao longo da vida, o ser humano irá infalivelmente confrontar-se como novas situações sociais que o colocarão à prova, obrigando a adaptar-se e a integrar-se. Exemplos disso são a primeira mudança de escola, o primeiro emprego, o casamento, o nascimento de um filho ou a morte de um familiar ou amigo próximos. Este novo fenómeno, é designado por socialização secundária e, compreende a criação de novas formas de ser adequadas às novas experiências, aos novos papéis e às novas relações. Em suma, aos novos contextos socioculturais que se apresentam.
Cada ser humano possui a sua história pessoal que o torna único e distinto de todos os outros seres humanos. Este, é o resultado da interação entre as componentes biológica, social e cultural, assim como do conjunto de experiências vividas e interiorizadas desde o momento em que nasce, até ao momento da sua morte.
O ser humano apenas se torna humano no seio das relações sociais: estabelecemos contato com outros seres humanos, assimilamos experiências e desenvolvemos respostas de adaptação a novas situações que se colocam perante nós. A cada momento, em cada nova situação, encontramos novas formas de conhecermos os outros e a nós próprios.

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